quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010














" Ele foi até o quarto, abriu uma gaveta e tirou de lá um álbum de fotos. Pegou a foto de uma menina,que por sinal era linda.
De olhos verdes e arregalados, boca delicada e bochechas rosadas. Ele a amou e ainda amava naquele momento.
E após vê-la os olhos dele encheram-se de lágrimas que passearam pelo seu rosto, para depois caírem sobre a foto dela. Sentiu um aperto no peito, uma dor profunda, tão profunda que ele achou que não suportaria muito tempo...."


terça-feira, 9 de fevereiro de 2010



















" Eu parei em frente a porta. Pensei em bater e perguntar o que houve. Porém, algo me disse que você não a abriria. E como uma criança abandonada voltei pra casa, onde eu me sentia protegido.
Nunca imaginei que tudo acabaria assim, sem a discussão tradicional, sem coisas quebradas pela casa, sem lágrimas derramadas. O que eu havia pensado é que você voltaria no dia seguinte,mas você seguer bateu na porta."

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010




Entre quatro paredes, eu o amava.
Ele era tão bom. Vivia a me perguntar porque eu tinha tamanha timidez e todas as vezes eu ficava em silêncio. A verdade é que eu nunca fora tímida, porém, ao lado dele é como se eu perdesse a voz.

Um dia, tão decidida do que queria fui a casa dele. Bati na porta, e o esperei abrir. Eu sabia o que dizer, contaria tudo desde o dia que o vi pela primeira vez e me apaixonei. Mas quando ele abriu a porta, lá estava ele sem camisa, suado, ofegante. Me dissera que estava arrumando alguma coisa dentro de casa, faz tanto tempo, não me lembro o que era. Quando o vi naquele estado tudo o que tinha para falar tinha sido apagado, eu estava petrificada o olhando, e então ele me disse em um tom suave que eu estava vermelha. E nesse momento, como a acordar de um transe, sai correndo em direção de casa. Ao chegar em casa não consegui me conter, chorei,me debati e ao mesmo tempo me chamava de tola. O amava com todas as forças e não conseguia dizer.

Depois desse acontecimento eu passei muitos dias sem o ver. Eu estava envergonhada, triste porque ele nunca ia querer uma garota boba como eu. Outro dia, andando por perto de casa o avistei vindo em minha direção, eu não queria vê-lo e nem falar com ele, ainda estava envergonhada. Por isso, me escondi em um arbusto. O deixei passar e fiquei observando, ele estava pálido e parecia sem forças, o que ele ia fazer em minha casa? Eu não sabia. Ele deu uma volta completa pela minha casa e foi embora. "Que estranho!" Foi o que eu disse na hora.

Dias depois eu fiquei sabendo que ele havia contraído uma doença, estava de cama. A primeira coisa que eu pensei em fazer era visitá-lo, porém, eu precisava me preparar. Dessa vez eu contaria tudo e não perderia a oportunidade. 2 ou 3 dias depois, eu fui na casa dele. Eu estava bastante animada, eu contaria tudo e mesmo que ele não quizesse ouvir, não poderia fugir. Bati na porta, alguém abriu. Não sei dizer se fora seu pai ou sua mãe. Fui com bastante entusiasmo em direção ao quarto dele. Bati na porta e abri, o que vi naquele momento não era o que via em meus sonhos, não era o homem por quem eu havia me apaixonado. Ele estava tão feio, a pele dele estava tão branca, seus olhos estavam como de uma pessoa que não dormia a dias. Estava fraco e mal conseguia se movimentar. Vendo o meu estado, ele forçou um sorriso. Eu me aproximei, toquei na sua pele e perguntei o que havia acontecido. Me contou que havia contraído uma doença. Disse que não sabia o que era, os médicos não tinham o diagnóstico. Disse que estava feliz em me vê, que eu era a sua luz. Não suportei vê-lo naquele estado e comecei a chorar. Me desesperei e sai correndo para fora do quarto e depois para fora da casa.

Passei várias noites sem dormir e vários dias sem comer. A mãe dele vinha todos os dias bater à minha porta. Estava com um bilhete na mão. Eu imaginava que era dele, mas estava muito envergonhada pelo o que eu fizera para atendê-la. Foi então que em um dia ela bateu na minha porta com muita força, parecia em desespero. Olhei pela janela do meu quarto antes de abrir, ela chorava. Corri, desci as escadas e abri. Olhei para ela, coitada estava tão desesperada. Parecia desorientada. Ela me disse quase sem forças que ele havia pedido que entregasse para mim um bilhete, mas eu nunca estava em casa quando ela vinha. Me entregou o bilhete e disse que eu estava convidada. Convidada? Para que, perguntei.Me perguntou se eu não sabia. Eu movimentei a cabeça, confirmando que não. Em desespero, me disse que ele havia morrido na noite anterior. Como? Eu não podia acreditar. Mas eu só disse a ela, "eu lamento". Fechei a porta. Eu estava descontrolada por dentro, meu coração parecia chorar. Me dirigi ao meu quarto como se não conhecesse o caminho. Deitei na cama e chorei como nunca havia chorado por alguém antes. Ele não estava mais comigo. Eu não o teria como havia sonhado tantas noites. Peguei o bilhete, abri e li.


"Não te esqueças, eu te amarei até nos meus últimos segundos de vida"